Este texto é uma continuação daquele que publiquei neste blog em junho de 2014. Quem quiser pode ler primeiro aquele, mas isso não será necessário para entender o que vou expor, pois reproduzo a seguir o início daquela postagem.
No início de maio [2014],
tive um sonho muito interessante e intrigante.
Eu cheguei a um local onde estava exposto um material
muito diferente. Era uma placa em que havia um núcleo mais ou menos circular,
formado por um mineral preto, parcialmente envolvido por outro mineral, este
dourado.
A partir daquele núcleo saíam, em todas as direções,
hastes meio irregulares do mesmo mineral preto.
Era um conjunto estranho e ao mesmo tempo muito
interessante. Nunca vi algo similar e não sei se isso existe na natureza, mas,
é claro, não se pode duvidar disso.
Não sei também se o local onde a peça estava exposta era
loja ou exposição. Mas, sei que ela estava à venda e que, paradoxalmente, não
me interessei em comprar, supondo, eu acho, que seria muito cara.
Junto a ela, dois professores universitários, geólogos,
admiravam o material. Eram um homem e uma mulher, e foi o homem que, vendo meu
interesse, disse o nome do mineral dourado. Era um nome complicado, que não
entendi bem e que, ao despertar, não consegui lembrar.
- Este preto eu não sei o que é, acrescentou ele.
Acordei intrigado com aquilo e por vários dias lembrei-me
do sonho, recordando nitidamente como eram os minerais. Para que eu não viesse
a ser traído pela memória no futuro, depois de uma semana mais ou menos
desenhei o que eu havia visto numa folha de papel, como se vê abaixo.
Quando lhe perguntei o que era aquela figura ele disse
que era uma flor, mas continuei impressionado do mesmo jeito.
Bem, como eu disse na minha postagem de 2014, eu nunca vira um mineral
semelhante àquele do sonho ou do desenho do Lorenzo. Mas, meses atrás, novo
susto/surpresa: encontrei no Facebook a foto abaixo.
São dois minerais. Eu não sabia quais, mas
minha cara colega geóloga Andrea Sander me informou que são coríndon (hexagonal, rosado, no centro) e rutilo (agulhas escuras), procedentes de Eifel (Alemanha). Os
cristais devem medir alguns milímetros apenas.
De qualquer modo, ambos me mostram que
provavelmente em algum lugar do planeta a natureza criou aquilo que eu só vi
dormindo.
Parecem lindas mandalas! Espetacular a beleza e a história!
ResponderExcluirAnileda, meus melhores sonhos são aqueles em que eu estou coletando minerais.
ExcluirNeles, eu geralmente fico duvidando que tantos e tão bonitos minerais não tenham dono, e fico coletando com receio de ser abordado por ele a qualquer momento. Houve uma vez em que eu tive certeza de que eles não estavam disponíveis. mas houve vezes também em que eu peguei os minerais sem preocupação desse tipo.
Ontem, sonhei que em um canteiro de uma praça havia muitas drusas pequenas de estilbita. Eu sabia que as pessoas não conheciam o valor daquilo e eram tantas que coletei uma de uns 7 cm. Um amigo que estava junto também coletou.
Ótimo! A conexão com o neto e a natureza que se supera todo dia.
ResponderExcluirNetos são seres muito especiais, não são?
ResponderExcluirA Carolina, irmã do Lorenzo, coleciona minerais há muito tempo e já me perguntou o que vai ser feito da minha coleção quando eu morrer... Por enquanto parece que vai ficar com ela. Mas, há dois netos pequenos que ainda não se manifestaram...