Muitas vezes me perguntaram o que eu acho da falada energia dos
cristais, do seu poder de cura, etc. Essas indagações tornaram-se particularmente
frequentes quando comecei a coordenar exposições do Museu de Geologia em locais
de grande circulação de público, principalmente shopping centers.
Inicialmente,
meus colegas e eu dizíamos que nós trabalhávamos com pesquisa mineral e não com
energia dos cristais. Portanto, não sabíamos dizer se ela existia e se
funcionava em tratamentos de saúde. Há, porém, pessoas que acreditam nisso - e
muito - e que não admitem que um geólogo, profissional que tão bem conhece os
minerais, nada saiba sobre o assunto ou, o que é pior, não acredite nele.
Como as perguntas eram frequentes nas exposições,
passamos a levar alguns folhetos desses que são distribuídos em lojas que
vendem os produtos ditos esotéricos. Eram impressos sobre uso energético das
principais pedras preciosas, listas das pedras dos signos, das pedras do mês, etc.
Como o conteúdo desses folhetos é um tanto variado, cheguei a fazer uma breve
compilação de vários deles. Aí, quando alguém nos perguntava algo sobre a
energia dos cristais, meus colegas e eu dizíamos: Não trabalhamos
com isso, mas dizem que é assim. E mostrávamos nossa compilação.
Bem, isso era então o que eu dizia aos
nossos visitantes, uma resposta atenciosa e polida. Mas, ela não me satisfazia.
Eu queria poder dizer que eu acreditava ou não acreditava porque estudara o
assunto e me convencera disso, não por ouvir falar. Só que eu não havia
estudado o assunto.
Inicialmente, eu julgava que tudo se
tratava de fantasia. A crença na cura pelos
cristais surgira provavelmente do fascínio que suas formas, cores e brilho exercem sobre todas as pessoas. É algo
realmente fascinante e me parecia natural que nossos ancestrais duvidassem que
aquilo fosse simplesmente resultado de um processo físico-químico.
Minha formação acadêmica, por outro
lado, não me autorizava a crer que cristais pudessem curar, induzir à
meditação, relaxar, etc. O que eu aprendera depois de diplomado também não. Eu poderia
então, do alto do meu diploma de geólogo, dizer que era tudo misticismo, pois
não havia nada provado cientificamente.
Mas, dizer simplesmente que aquilo não
tinha fundamento não era uma atitude intelectualmente honesta. Não faltam
exemplos, na história da Ciência, de coisas que eram tidas por fantasia,
superstição, e que depois se viu terem um fundamento científico. Há terapias muito antigas e que hoje são aceitas
inclusive pela Medicina oficial, como a Acupuntura. A Homeopatia, do mesmo modo, embora ainda
contestada por alguns, é amplamente aceita e reconhecida como especialidade médica.
Meu colega Mário Farina, brilhante
geólogo, é dos que não acreditam na energia dos cristais. E tem um bom
argumento para isso: se houvesse algum fundamento nessa crença, já se saberia alguma
coisa, depois de tanto tempo de uso dessa suposta energia.
De qualquer forma, eu queria poder negar
por estar convencido disso em razão de minha experiência pessoal, não pelo que
os outros diziam. Por isso, tratei de buscar as informações de que precisava
para decidir.
E o que eu penso então sobre tudo isso? Vamos por partes. Mas quero desde já dizer
que, se tenho bons motivos para não acreditar na energia dos cristais, pelas
razões que mostrarei, devo também reconhecer que vivi algumas experiências no
mínimo intrigantes e que não posso ignorar. Essa conversa vai ser longa, mas é
preciso que assim seja para que eu exponha com honestidade o que sei e o que
não sei.
RAZÕES PARA DUVIDAR
Vejamos primeiro as razões que eu tenho
para duvidar do poder dos cristais de curar ou de exercer alguma ação sobre o
ser humano, como acalmá-lo, fortalecê-lo, etc.
Minha busca começou pela leitura de
livros sobre energia dos cristais e seu poder de cura. As duas ou três primeiras obras que li não me convenceram.
Um dos livros até parecia bem fundamentado na descrição dos métodos usados na Cristaloterapia
(tratamento pelos cristais), mas quando começou a descrever as pedras preciosas
usadas para cada tipo de problema o autor demostrou tal desconhecimento de
Mineralogia que me fez descrer por completo. Você pode saber curar uma doença
com cristais, mas se está usando para isso um mineral e ele é na verdade outro,
só vai curar por sorte.
Naquela época em que estava nessa busca (era
1989), eu participava de um grupo que se dedicava, em Porto Alegre, à
Bioenergia e Projeciologia e que viria a ser o IUPP - Instituto Universalista
de Psicobioenergia e Projeciologia. Um dia, a presidente me pediu que eu proferisse
uma palestra para os sócios sobre energia dos cristais. Expliquei-lhe que eu
não conhecia o assunto e que, pelo contrário, também eu estava querendo conhecê-lo
melhor.
Passado um tempo, ela tornou a fazer o
mesmo pedido e eu lhe dei a mesma resposta. Ela então pediu-me que eu
procurasse alguém que nos brindasse com a tão desejada palestra.
Dispus-me a fazer isso, mas não precisei
procurar. Na mesma hora uma colega mencionou uma pessoa que poderia ser o tal
palestrante. Tratava-se de um advogado que, dizia ela, tinha grande experiência
no assunto.
Em junho de 1989, tive dois encontros
com esse advogado, que foi depois meu aluno de Gemologia. Em ambos a conversa
foi muito interessante, mas seria muito longo relatá-las aqui.
No segundo encontro, que durou 3h 30min,
ele conheceu minha coleção de minerais e instruiu-me sobre o primeiro passo: como sentir a vibração de um cristal. Recomendou, para esse aprendizado, que eu escolhesse
um cristal de minha coleção, o qual não deveria ser tocado por mais ninguém a partir
dali. Ensinou-me como segurá-lo e como buscar sentir a sua energia. Fiz alguns poucos
testes, não senti nada e larguei o treinamento. Confesso, pois, que me faltou
persistência.
Contei-lhe sobre minha descrença a
respeito do assunto com base nos três livros que lera e ele dispôs-se a me emprestar
duas obras que me convenceriam, uma delas escrita por um médico indiano. Recebi os livros, com a orientação de ler só
depois de haver testado meus cristais, e li com particular interesse aquele do
médico.
Eu pensava encontrar nele algo do tipo de um grupo de tantas pessoas com a doença
tal, tratei metade dos pacientes com cristais do mineral tal e a outra metade
com recursos médico-farmacêuticos convencionais e os cristais mostraram poder
de cura significativamente alto. Para
minha decepção, porém, o que o médico relatava era algo do tipo o paciente X, que tinha a doença Y, foi
tratado com cristais do mineral Z e ficou curado depois de n dias ou semanas. Ou
seja, não havia um grupo de controle para comparação, de modo que a cura
poderia ou não ser decorrente do uso dos cristais.
Muito tempo depois, em 10 de julho de 2001,
li, num jornal, que haveria uma palestra sobre energia dos cristais. Pelo anúncio, parecia ser algo mais sério do
que vinha encontrando, e resolvi assistir. Naquela noite, desaprendi bastante. Vejam algumas afirmações feitas pelo
palestrante:
- Os
minerais têm milhares de anos de idade. (O mais correto seria dizer milhões
de anos.)
- Ninguém
sabe explicar por que o quartzo é claro se ele é formado por silício, que é
escuro, e oxigênio (Existem variedades de quartzo de muitas cores,
inclusive preto. O silício tem cor acinzentada, e há muitas centenas de
minerais com esse elemento químico, tanto claros quanto escuros.)
- O
quartzo tem piezoeletricidade e, assim, se forem atritados dois cristais, um
contra o outro, acende-se uma luz no interior deles. (Ter piezoeletricidade significa que sob efeito
de uma pressão o cristal gera correntes elétrica e, em sentido inverso, sob
efeito de uma corrente elétrica ele vibra. É o princípio do uso do quartzo em
relógios digitais. Mas isso nada tem a ver com luminosidade. Talvez o
palestrante estivesse querendo falar em triboluminescência.)
- O
cristalino do olho tem esse nome porque nele existem microcristais minerais.
(O cristalino é formado por finíssimas camadas celulares com estrutura semelhante
à da cebola e mede poucos milímetros de espessura - ver Wikipédia.)
-
São descobertos 2.000 minerais novos por ano. (Foram 1.048 entre 1987 e 2003, o que dá 65,5 em média
por ano.)
-
A mica se esfarela porque tem dureza baixa. (Aqui, ele confundiu dureza com tenacidade. Mica tem
baixa dureza, mas se esfarela porque tem baixa tenacidade, que é a resistência
a fratura, torção e deformação.)
-
A ametista perde a cor quando exposta ao Sol, porque o silício é muito sensível
à luz. (Como já foi
dito, há muitas centenas de minerais com silício e a sensibilidade à luz solar
não é uma característica comum a eles.)
-
Algumas pedras ficam mais densas depois de lapidadas, mas eu não sei por quê. (Nem poderia saber porque não há nenhuma
razão para uma pedra ficar mais densa depois de lapidada, a não ser que sejam
removidas porções porosas. Mas, aí a explicação é óbvia.)
-
O diamante incolor é extremamente raro. (Segundo Chaves & Chambel, 99,9% dos diamantes são incolores
ou levemente amarelados. A ABNT
classifica os diamantes lapidados, quanto à cor, em absolutamente incolores, excepcionalmente incolores, acentuadamente
incolores, nitidamente incolores, aparentemente incolores para só então entrar
nas categorias aparentemente coloridos, levemente
coloridos, etc. Talvez extremamente raros sejam então os diamantes absolutamente incolores. )
O palestrante recomendou os livros ABC dos Cristais e O Caminho das Pedras, de Antônio Duncan. Vindo de quem vinha a
recomendação, não li nenhum deles.
Depois disso, ainda li vários artigos
sobre a energia dos cristais, mas nada me acrescentaram. Concluindo, pois,
tenho boas razões para duvidar que os cristais tenham uma energia que possa nos
influenciar de maneira sensível, curando doenças, por exemplo. Mas, como
prometido, mostrarei, a seguir, o outro lado desta moeda.
RAZÕES PARA CRER
Eu disse, lá atrás, que os testes que
fiz para sentir a energia dos cristais não haviam dado resultado. Não foi bem assim.
Em agosto de 1989, depois de tentar sem
êxito perceber a energia do cristal que eu escolhera para ser “o meu”, resolvi
testar um par de brincos de zircônia cúbica que uma pessoa da família vinha
usando e me assustei. Senti um forte
latejamento no dedo que estava em contato com a gema e uma estranha sensação de
azedo. Como assim, azedo?
perguntareis. Afinal, azedume se sente pelo paladar, não pelo tato. Pois, é...
Por isso falei em estranha sensação. Não
sei explicar: era no dedo, mas me parecia algo azedo. Outras joias não causaram
isso.
A dona da joia vinha tendo problemas de
saúde, mas três dias depois falei com o advogado que mencionei, e ele disse que
o latejamento não devia ser devido aos problemas de saúde dela, já que eles
persistiam mesmo sem ela usar os brincos. Recomendou-me fazer uma descarga
energética pisando na terra descalço. Mas, preferi testar os brincos de novo e
não mais senti o latejamento. Teriam descarregado espontaneamente por não terem
sido mais usados?
= X =
Numa das exposições de que
o Museu de Geologia participou com outras entidades, uma colega de trabalho
ganhou de presente de uma empresa expositora um pequeno saquinho plástico, com
fragmentos de cristais. Ela veio me
mostrar o presente muito impressionada:
- Pércio, sinta só a
energia destes cristais!
Olhei para o saquinho e vi que eram
fragmentos irregulares de quartzo, alguns deles com claros indícios de terem sido
tingidos artificialmente. Pensei comigo, antes de pegá-lo: devem ter dito a ela
alguma coisa relacionada aos cristais que a deixou impressionada. Pois, para
minha surpresa, ao tocar nos cristais senti sabem o quê? O mesmo latejamento que sentira tocando no
cristal de zircônia cúbica! Não havia dúvida, não era impressão minha. Aliás,
como eu disse, eu estava achando que ela é que estava impressionada. Pois os
tais cristais me deram a mesma estranha sensação que eu sentira antes.
O que eles tinham em comum ? A zircônia cúbica é um material artificial e
alguns dos cristais de minha colega haviam sido tingidos artificialmente. Mera coincidência?
= X =
Certo dia, quando
eu estava trabalhando no Museu de Geologia, um colega de trabalho da gerência
administrativa, veio falar comigo meio encabulado, cheio de rodeios, e
perguntou se era possível mudar de lugar um determinado mineral. Era uma
obsidiana que estava exposta perto da porta de entrada da sua sala de trabalho.
Eu respondi que
podia, sim, mas quis saber a razão do inusitado pedido.
- É que – disse
ele, sempre constrangido – o pessoal está dizendo que desde que essa pedra veio
para cá está dando azar. Contou que uma colega
caíra e quebrara o braço; um colega perdera o emprego e um terceiro tivera
também um problema sério.
Eu não tinha
razões para acreditar que as desgraças fossem culpa da obsidiana, mas, para
tranquilizar o colega, pedi ao estagiário que estava trabalhando comigo que a
mudasse de lugar e indiquei um expositor bem afastado dali para seu novo
destino.
Isto foi numa sexta-feira.
Na segunda-feira seguinte, o estagiário me contou que, naquele fim de semana,
sofrera um acidente de carro...
= X =
Mas a história
mais impressionante aconteceu comigo em São Paulo, em 1991.
Eu estava
participando, com geólogos da CPRM vindos de vários estados, de um treinamento
em Geologia Ambiental em Atibaia e fazíamos uma viagem de estudos a Ribeirão Preto.
Um dia, por ser domingo, estávamos de folga e saímos a caminhar pela
cidade.
Acabamos
passando por uma feira ao ar livre em que eram vendidos artesanato, roupas, e
varias outras coisas. Uma das bancas chamou minha atenção por vender cristais. Eram cinco drusas de quartzo incolor de uns
15 a 18 cm cada uma.
Olhei-as e me
pareceram todas pouco interessantes. Eram obviamente diferentes umas das
outras, mas muito semelhantes, de modo que eu não saberia dizer qual a melhor
ou a menos valiosa delas. Deixei-as e segui adiante.
Alguns metros depois, uma senhora veio
falar comigo e perguntou se eu podia lhe prestar um grande favor. Disse-me que
sua filha lhe pedira que levasse um presente, e ela decidira escolher um das tais
drusas de quartzo. Só que ela não conhecia
minerais e não sabia qual devia escolher e, orientada por um colega do grupo,
viera falar comigo para saber se eu poderia escolher os cristais por ela.
Concordei, é claro. Não me custava nada fazer
aquilo. Mas, enquanto nos dirigíamos para a banca, fui pensando comigo mesmo
que critério eu usaria para escolher uma das cinco drusas, pois, como eu disse,
elas eram muito semelhantes.
Chegando lá, olhei a primeira drusa e
não vi nada de especial; olhei a segunda, e também não me impressionou; olhei a
terceira e... surpresa !
Sabem aquela vozinha interior que às
vezes fala com a gente ? Pois ela me disse: É
essa aí!
Como
esta aqui? perguntei a
mim mesmo. Ela não tinha nada de especial. Era como as outras todas.
- É
essa aí, repetiu a voz interior.
Ainda sem acreditar muito no que estava acontecendo,
olhei a quarta drusa e a quinta e elas nada mostraram de especial. Voltei a
olhar para a terceira e de novo me veio a indicação de que ela devia ser a
escolhida.
Como eu não tinha mesmo nenhum critério
que me permitisse definir qual a melhor das cinco, fiquei com a terceira que
alguém me dizia ser a melhor.
Peguei-a, entreguei-a à senhora e lhe
disse:
- Não sei por que, mas estão me dizendo
que a senhora deve levar esta.
Ela ficou imensamente agradecida e
afastou-se muito feliz.
Bem,
dirão vocês que me leram até aqui, este caso nada tem a ver com energia dos
cristais; foi uma experiência espiritual.
Tudo bem, pode ter sido um espírito que
me disse para escolher aquela drusa e não ela que se mostrou a melhor. Mas, aí
eu pergunto: por que foi aquela a escolhida pelo espírito e não qualquer uma
das outras?
= X =
Por fim, convido os caros amigos que
tiveram paciência de ler este depoimento até aqui que vejam o vídeo a seguir. Acreditando
ou não, vocês hão de ficar, como eu fiquei, impressionado com a segurança e a
convicção do guri quando fala respeito da ação dos cristais sobre nosso planeta
e o universo: https://www.youtube.com/watch?v=EjKSRVFII_E
No vídeo, a
legenda menciona diamante. Trata-se de erro de tradução; o guri queria dizer
losango.
= X =
Para encerrar:
o que, afinal, eu concluo a partir do que vi, ouvi, li e senti? Existe a tal energia dos cristais? Pois com toda a convicção e segurança lhes
digo: Não sei!
Duas amigas me escreveram dizendo que acreditam na energia dos cristais. Uma delas, minha prima, diz que seus filhos usam cristais quando estão com dores musculares nos braços, após praticar natação. Eles deixam os braços dentro d'água, com os cristais. Ela disse que eles gostam muito de fazer isso e que sentem mesmo o efeito.
ResponderExcluirOutra amiga disse que leu bastante sobre o assunto, mas "não sentiu muita firmeza".
E um amigo disse que seu trabalho profissional (ele lapida pedras preciosas) só lhe tem trazido prejuízos.
Outra amiga narrou experiência que a marcou muito, vivida em Minas Gerais. Uma pessoa que ela conheceu lá e que trabalha com cristais faz um trabalho que me pareceu semelhante ao que faz o garoto do vídeo que recomendei assistir.
ResponderExcluirMeu amigo José Matos informa que o Youtube tem mais de 3 milhões de vídeos sobre este assunto.
ResponderExcluirMeu amigo e colega Geól. Mário Farina enviou extensa análise do meu artigo, autorizando-me a publicá-la aqui. Como ela tem mais que o dobro de caracteres permitidos num blog como este, publicarei como artigo independente, convidando os interessados a lê-la.
ResponderExcluirBom dia!
ExcluirOnde posso encontrar a análise (artigo independente)?
Minha amiga Berenice Carpin sugeriu-me a leitura do livro "Cristais e Minerais", de Isabel Seidl e Y. Bevilacquia.
ResponderExcluirDei mais uma chance ao assunto. A parte mineralógica está OK, Os erros que existem são mínimos e podem saer apenas erros de digitação.(como sulfato em vez de sulfeto).
Sobre a parte que trata da ação dos cristais, não posso,opinar por não conhecer. . .
Leiam abaixo artigo que me foi enviado por meu colega José Humberto Iudice, também gemólogo.
ResponderExcluirCan gemstones be your Higher Power for positive energy, wellness and more?
In today’s editorial I am writing about something I know nothing about. How’s that for a lead in? Nothing. The topic is the metaphysical properties or power of gemstones. Healing, power, enlightenment.
Over the past few weeks I have received several calls from potential students asking if we offered a course in Metaphysical Powers of Gemstones? My answer is always the same: I don’t know enough about the topic to offer a class…. or do I?
I once sat down with a book on the metaphysical properties of gemstones and realized, looking around my office, that I am surrounded by an amazing collection of rough, faceted and crystals of just about every gemstone listed in that book, power attribute by power attribute. I had to wonder to myself: If these gemstones are really power crystals and such, why am I not totally empowered since I am so completely surrounded by these very power crystals described in the book?
This, in turn, made me consider further that just maybe these power crystals are working and I just don’t realize it. After all, just about to turn 64 years old I have a solid blood pressure reading of 120/80, a cholesterol level far below the prescribed level, I can bench press my own weight of 225 pounds, which also happens to be just 18 pounds more than I weighed in high school. Even more impressive to some, I can still recite the Greek alphabet before a burning match reaches my finger, something I had to learn to do many years ago in college. Perhaps the energy to do all of this can be traced to the gemstones or crystals in my office, or perhaps to another Higher Power.
Higher Power. That is the term used to assist folks in Alcoholics Anonymous who find they are able to successfully deal with addiction by relying on what is called their “Higher Power”. As a friend of Bill W. I can attest to the success of the concept and the program, but I also know that the concept of a “Higher Power” can mean different things to different people. One of the most successful folks in our particular group claimed his Harley-Davidson Road King to be his Higher Power. Given his 20 years of sobriety, who was to say otherwise?
The point is, if a Harley-Davidson Road King Motorcycle can be a Higher Power that empowers someone to overcome their addiction to alcohol, why couldn’t gemstones or crystals be a Higher Power to create positive energy and good health for someone else? After all, the power of believing you are going to have a great day can be one of the greatest influences to insure that you are, indeed, going to have a good day.
Even doctors will admit that a strong positive attitude can be a huge influence on someone’s ability to fight diseases and maintain good health. If someone believes that a gemstone or crystal empowers them to have positive energy, it is entirely plausible that this very condition will manifest itself.
The reason the ISG Global Network can include so many people from so many ethnic, geo-political and religious backgrounds and all get along in perfect harmony is because we don’t talk about religion and we don’t talk about politics, and just to confirm to our folks, this is not about religion or politics.
This is about positive energy, overcoming difficult situations and empowering oneself to achieve goals.
If the metaphysical properties of gemstones or crystals does that for you, I am all for it. Take that road and travel it well.
I don’t know how to tell you to get there going down that road, but I will be on the sideline applauding you every step of the way.
Robert James FGA, GG
President, International School of Gemology
That is my opinion, I welcome your response, reaction or rebuttal. Use the email link below.
Obrigado pelo texto e comentários Percio
ResponderExcluirObrigado pelo texto e comentários Percio
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