Em Washington, capital
dos Estados Unidos, há uma quantidade enorme de museus, como o Museu de Arte
das Américas, o Museu do FBI e o Museu do Povo Palestino por exemplo. Todos
os museus públicos da cidade oferecem ingresso gratuito e pode-se fotografar
livremente o acervo.
No universo museológico
da capital americana, destaca-se muito a Smithsonian Institution, um complexo
de nada menos de dezenove museus! Só consegui visitar poucos deles, mas o Museu
de História Natural visitei três vezes. Destaco nele a coleção de meteoritos (acho
que é a maior do mundo) e uma impressionante coleção de pedras preciosas,
brutas e lapidadas. Algumas delas vou
mostrar a seguir.
Muitas das gemas fantásticas
que lá existem foram encontradas no Brasil. Seria muito bom, é claro, se elas
estivessem em exibição aqui e não lá. Mas, saber que estão num museu como
aquele nos dá garantia de que serão muito bem preservadas e, mais do que isso,
nos mostra o real valor das peças brasileiras. Se estivessem em exposição aqui,
acharíamos todas surpreendentes, mas lá, ao lado de gemas do mundo inteiro, é que
se tem a real importância de que se revestem no cenário museológico internacional.
A seleção aqui
apresentada não foi feita priorizando as gemas do nosso país, mas simplesmente
as maiores e/ou mais bonitas.
O símbolo ct significa
quilate e equivale a 200 mg (0,2 g).
Heliodoro brasileiro – maravilhoso heliodoro (variedade de berilo, como a esmeralda e a água-marinha), de 2.054 ct, procedente de Itinga, MG. A qualidade da foto é muito ruim porque, além de a gema estar dentro de um expositor fechado, foi fotografada em 2006, com uma máquina fotográfica digital, avançada para a época mas muito inferior à dos celulares de hoje.
American Golden Topaz – topázio brasileiro
considerado uma das maiores gemas lapidadas do mundo. Pesa 22.892 ct (4,6 kg!),
tem 172 facetas e foi encontrado em Minas Gerais. No estado bruto, pesava 11,8
kg (é normal com a lapidação o peso de uma gema ficar reduzido à metade
aproximadamente). O trabalho de lapidação, executado por Leon Agee, durou dois
anos (o topázio tem uma direção de clivagem perfeita, o que torna sua lapidação
uma operação delicada).
Quartzo com rutilo – grande bloco de
quartzo no estado bruto contendo agulhas de rutilo, procedente de Diamantina
(MG). Mede 35 cm x 22 cm x 10 cm.
Rubi Carmen Lúcia - gema lapidada de 23,1 ct, de cor belíssima, procedente de Myanmar. Ela foi doada ao Museu de História Natural pelo Dr. Peter Buck, em memória de sua esposa, a brasileira Carmen Lúcia Buck. (Foto: Smithsonian Institution)
Safira Logan – gema lapidada de 423 ct, procedente do Sri Lanka. É uma das maiores safiras azuis lapidadas do mundo. Doada à Smithsonian por Rebecca Logan. (Foto: Wikipedia)
Tanzanitas – a tanzanita é uma gema muito rara até hoje encontrada apenas na Tanzânia. Elas pesam no total 15 ct e estão circundadas por diamantes que totalizam 24 ct.
Topázio amarelo bruto. Cristal de 50,4 kg,
descoberto em Minas Gerais.
Topázio rosa bruto Cristal de 31,8 kg, procedente também de Minas Gerias. O cristal ao fundo é o topázio amarelo da foto anterior.
Outros topázios
brasileiros
- mais dois enormes topázios brasileiros de Minas Gerais, o da esquerda, com
sua cor natural e o da direita, após tratamento por irradiação. O de cor
natural pesa 7.725 ct e o outro, 2.470 ct.
Rosser Reeves - rubi de 138,7 ct, com asterismo, proveniente do Sri Lanka. (Foto: Smithsonian Institution)
Estrela da Ásia - safira de 330 ct, com asterismo, encontrada em Myanmar. (Foto: Smithsonian Institution)
Água-Marinha Dom Pedro – esta incrível água-marinha é a maior do mundo com qualidade gemológica. Pesa cerca de 2 kg (10.000 ct) e tem cerca de 35 cm de altura. Foi encontrada em Pedra Azul (MG), na década de 1980 e pesava, no estado bruto, 45 kg. Foi lapidada nesta forma de obelisco na Alemanha, por Bernd Münsteiner. (Foto: Smithsonian Institution)
Quer
ver mais gemas lindas daquele museu? Acesse o site https://naturalhistory.si.edu/explore/collections/geogallery
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