segunda-feira, 20 de novembro de 2017

COMO A GEOLOGIA PERDEU DUANE PACKER

       


O geólogo Duane Packer exerceu por muitos anos sua profissão, possuindo doutorado em Geofísica. Em 1984, era empregado de uma empresa que prestava consultoria a diversas companhias e, por força desse trabalho, viajava por todo o mundo. Sua especialidade era a seleção de locais para construção de barragens em áreas sujeitas a terremotos, um trabalho muito especializado e de extrema responsabilidade. Além disso, dirigia uma grande empresa petrolífera.
            Nas horas de folga, Duane Packer exercia uma atividade bem diferente: dava aulas e realizava curas usando a bioenergia, através de técnicas que ele mesmo desenvolvera. Essa atividade o entusiasmava tanto que ele começou a ter dúvida se continuava trabalhando como geólogo, se abria sua própria empresa de consultoria ou se largava tudo e se dedicava apenas à bioenergia.
            Certa dia, aconteceu-lhe algo estranho quando  trabalhava com a energia de outras pessoas. Conta ele:

       Dei comigo fazendo coisas que não pareciam se originar de qualquer treinamento ou conhecimento anterior e esses movimentos e técnicas produziam resultados impressionantes. As pessoas se davam conta de que lesões ou dores que tinham há anos desapareciam às vezes no decurso de uma hora. Eu simplesmente não conseguia explicar como estava conseguindo esses resultados. Parecia que eu sabia quando tinha realmente terminado algum procedimento, e eu sentia uma presença invisível que parecia estar me auxiliando.

            Uma amiga de Duane Packer, Sanaya Roman, dizia manter contato com vários guias espirituais e Packer foi falar com ela, pedindo-lhe que obtivesse de um de seus guias, chamado Orin, explicações sobre o que vinha acontecendo com ele e orientação sobre sua vida. O guia consultado por Sanaya disse que Parker provavelmente deixaria o emprego, mas ele não acreditou. Aliás, Parker, na verdade, não sabia sequer se acreditava na comunicação que sua amiga dizia manter com guias espirituais. Mas, na falta de explicações para o que vinha acontecendo com ele nas suas sessões de cura, adiou seu julgamento sobre aqueles fatos e continuou consultando Orin através de sua amiga.
            Com o passar do tempo, Packer percebeu que, durante os contatos com Orin, Sanaya sofria mudanças em sua energia e na sua aura. Embora não soubesse como nem por que, ele percebia bem essa alteração. Além disso, as mensagens que começou a receber do guia continham uma sabedoria e um amor que ele nunca encontrara em nenhum ser humano. Conta ele:

       Vi-me frente a frente com muitas contradições entre aquilo em que eu acreditava e o que estava ocorrendo diante dos meus olhos.

            Uma ocasião, Packer teve uma experiência que abalou ainda mais suas crenças. Eis como ele a descreve:

       Certo dia, enquanto eu corria nas colinas, tudo se transformou em padrões em movimento. As árvores não mais pareciam árvores e sim padrões de vibração e eu era capaz de ver através delas. Fiquei imediatamente preocupado com minha sanidade mental. Além de não querer contar aos outros a respeito do ocorrido, eu nem mesmo queria admitir para mim mesmo que essas coisas estavam acontecendo. Alguns dias mais tarde, parei ao lado de um carro num sinal de trânsito. Dei uma olhada para a mulher que estava ao volante e, para meu horror, ao invés de ver uma pessoa, divisei um casulo de luz e linhas de energia ao redor de seu corpo. Fiquei tão preocupado que pedi que essas experiências tivessem um fim, o que de fato aconteceu durante algum tempo.

       Após certo período, Packer começou a ver de novo a energia dentro e ao redor do corpo das pessoas, distinguindo três e depois quatro qualidades ou camadas de energia. Mais tarde, - conta ele - após uma intensa observação, descobri que elas estavam estreitamente ligadas à aura física, mental, emocional e espiritual das pessoas. Alguns indivíduos tinham em torno de si vórtices rodopiantes de energia (...).

            Esses fatos aguçaram seus dilemas existenciais:

       Eu estava começando a sentir uma profunda cisão. Minha parte científica ia trabalhar todos os dias para lidar com a administração e as realidades comuns da ciência e do mundo dos negócios. Após o trabalho, eu voltava para casa e entrava em contato com a energia das pessoas vendo coisas que a ciência afirmava não existir e alcançando resultados aparentemente impossíveis. (...) Eu sabia que teria de tomar algum tipo de decisão para continuar a funcionar. Meu eu científico me dizia que eu estaria cometendo um desatino se me dedicasse em tempo integral à energia e ao trabalho com o corpo. Meu eu intuitivo me dizia que eu não poderia mais suportar continuar a trabalhar fora e negar o que estava se tornando a parte mais interessante de minha vida, ou seja, minhas experiências com a realidade superconsciente. Passei um dia inteiro com Sanaya e Orin, em abril de 1984, esperando solucionar o conflito.
       Naquele dia de abril, eu soube que algo iria acontecer. Algumas semanas antes o nome DaBen viera à minha cabeça enquanto eu dirigia(...) como se tivesse sido sussurrado ao meu ouvido.  Eu ainda não estava certo de que acreditava na canalização**, embora pudesse perceber a transformação nas auras das pessoas quando seus guias chegavam. Tornava-se mais difícil a cada dia negar o que eu estava vendo. Eu certamente não queria entregar minha vida a um guia; eu queria lidar pessoalmente com ela.

            Naquele dia, Packer recebeu orientação de Orin para que pronunciasse o nome DaBen. Foi-lhe dito que era o nome de um guia espiritual e que ele devia convidá-lo a se aproximar.

       Comecei a ficar quente e frio à medida que seguia sua sugestão. Comecei a ver Sanaya em cores e camadas e fui capaz de enxergar através dela. A entidade parecia se aproximar e se tornar mais real. As sensações físicas eram muito fortes, a parte inferior do meu diafragma vibrava descontroladamente e eu sentia falta de ar. Foi tudo bastante dramático e percebo, quando olho para trás, que se a experiência não tivesse sido assustadora, eu não teria acreditado que ele era real. (...) Compreendi mais tarde que a aparição de DaBen não precisava ter sido sensacional.
       O meu despertar para a canalização produziu mudanças imediatas na minha vida. (...) Eu passara muitos meses indeciso, sendo duas pessoas, imaginando o que fazer. Eu sabia agora, com uma profunda certeza interior, que precisava seguir o meu caminho no trabalho com o corpo e no fortalecimento das outras pessoas (..) No dia seguinte, delineei um plano de saída e comuniquei à companhia que estava me demitindo.
       Foi uma decisão extremamente importante, uma vez que tive que enfrentar todos os anos de treinamento científico que desprezaram, ou riram dos fenômenos metafísicos. A canalização e os guias definitivamente não eram assuntos a serem discutidos com os colegas cientistas !


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(*) Todas as informações e transcrições deste artigo foram extraídas da obra Os guias espirituais ensinam o caminho, de Sanaya Roman & Duane Packer (Ed. Objetiva, Rio de Janeiro, 1992. Trad. Cláudia Gerpe Duarte).

(**) Comunicação com uma entidade espiritual. 

3 comentários:

  1. Bom dia Percio
    A vida nos prega peças, apesar de sermos treinados para o ceticismo...

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    1. É verdade. Conheço outras histórias desse tipo, inclusive acontecidas comigo. O negócio é manter a mente aberta para o imponderável e o imprevisto.

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  2. Se alguém buscar Duane Parker nas redes sociais, vai encontrar várias pessoas com esse nome. Mas, nenhuma é o geólogo dessa história. A culpa é minha: o nome correto dele é Duane Packer.
    Fiz a correção e peço desculpas aos leitores.

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