O geólogo Duane Packer exerceu por muitos anos
sua profissão, possuindo doutorado em Geofísica. Em 1984, era empregado de uma
empresa que prestava consultoria a diversas companhias e, por força desse trabalho,
viajava por todo o mundo. Sua especialidade era a seleção de locais para
construção de barragens em áreas sujeitas a terremotos, um trabalho muito
especializado e de extrema responsabilidade. Além disso, dirigia uma grande
empresa petrolífera.
Nas horas de
folga, Duane Packer exercia uma atividade bem diferente: dava aulas e realizava
curas usando a bioenergia, através de técnicas que ele mesmo desenvolvera. Essa
atividade o entusiasmava tanto que ele começou a ter dúvida se continuava
trabalhando como geólogo, se abria sua própria empresa de consultoria ou se
largava tudo e se dedicava apenas à bioenergia.
Certa dia,
aconteceu-lhe algo estranho quando
trabalhava com a energia de outras pessoas. Conta ele:
Dei comigo fazendo
coisas que não pareciam se originar de qualquer treinamento ou conhecimento
anterior e esses movimentos e técnicas produziam resultados impressionantes. As
pessoas se davam conta de que lesões ou dores que tinham há anos desapareciam
às vezes no decurso de uma hora. Eu simplesmente não conseguia explicar como
estava conseguindo esses resultados. Parecia que eu sabia quando
tinha realmente terminado algum procedimento, e eu sentia uma presença
invisível que parecia estar me auxiliando.
Uma amiga de
Duane Packer, Sanaya Roman, dizia manter contato com vários guias espirituais e
Packer foi falar com ela, pedindo-lhe que obtivesse de um de seus guias,
chamado Orin, explicações sobre o que vinha acontecendo com ele e orientação
sobre sua vida. O guia consultado por Sanaya disse que Parker provavelmente
deixaria o emprego, mas ele não acreditou. Aliás, Parker, na verdade, não sabia
sequer se acreditava na comunicação que sua amiga dizia manter com guias
espirituais. Mas, na falta de explicações para o que vinha acontecendo com ele
nas suas sessões de cura, adiou seu julgamento sobre aqueles fatos e continuou
consultando Orin através de sua amiga.
Com o passar do
tempo, Packer percebeu que, durante os contatos com Orin, Sanaya sofria mudanças
em sua energia e na sua aura. Embora não soubesse como nem por que, ele
percebia bem essa alteração. Além disso, as mensagens que começou a receber do
guia continham uma sabedoria e um amor que ele nunca encontrara em nenhum ser
humano. Conta ele:
Vi-me frente a frente com muitas contradições
entre aquilo em que eu acreditava e o que estava ocorrendo diante dos meus
olhos.
Uma ocasião,
Packer teve uma experiência que abalou ainda mais suas crenças. Eis como ele a
descreve:
Certo dia, enquanto eu corria nas colinas,
tudo se transformou em padrões em movimento. As árvores não mais pareciam
árvores e sim padrões de vibração e eu era capaz de ver através delas. Fiquei
imediatamente preocupado com minha sanidade mental. Além de não querer contar
aos outros a respeito do ocorrido, eu nem mesmo queria admitir para mim mesmo
que essas coisas estavam acontecendo. Alguns dias mais tarde, parei ao lado de
um carro num sinal de trânsito. Dei uma olhada para a mulher que estava ao
volante e, para meu horror, ao invés de ver uma pessoa, divisei um casulo de luz
e linhas de energia ao redor de seu corpo. Fiquei tão preocupado que pedi que essas
experiências tivessem um fim, o que de fato aconteceu durante algum tempo.
Após
certo período, Packer começou a ver de novo a energia dentro e ao redor do corpo das pessoas, distinguindo três e depois quatro qualidades ou camadas
de energia. Mais tarde, - conta ele -
após uma intensa observação, descobri que elas estavam estreitamente ligadas à
aura física, mental, emocional e espiritual das pessoas. Alguns indivíduos tinham
em torno de si vórtices rodopiantes de energia (...).
Esses fatos
aguçaram seus dilemas existenciais:
Eu estava começando
a sentir uma profunda cisão. Minha parte científica ia trabalhar todos os dias
para lidar com a administração e as realidades comuns da ciência e do mundo dos
negócios. Após o trabalho, eu voltava para casa e entrava em contato com a energia
das pessoas vendo coisas que a ciência afirmava não existir e alcançando
resultados aparentemente impossíveis. (...) Eu sabia que teria de tomar algum
tipo de decisão para continuar a funcionar. Meu eu científico me dizia que eu
estaria cometendo um desatino se me dedicasse em tempo integral à energia e ao
trabalho com o corpo. Meu eu intuitivo me dizia que eu não poderia mais
suportar continuar a trabalhar fora e negar o que estava se tornando a parte
mais interessante de minha vida, ou seja, minhas experiências com a realidade
superconsciente. Passei um dia inteiro com Sanaya e Orin, em abril de 1984, esperando
solucionar o conflito.
Naquele dia de
abril, eu soube que algo iria acontecer. Algumas semanas antes o nome DaBen
viera à minha cabeça enquanto eu dirigia(...) como se tivesse sido sussurrado
ao meu ouvido. Eu ainda não estava certo
de que acreditava na canalização**, embora pudesse perceber a transformação nas
auras das pessoas quando seus guias chegavam. Tornava-se mais difícil a cada
dia negar o que eu estava vendo. Eu certamente não queria entregar minha vida a
um guia; eu queria lidar pessoalmente com ela.
Naquele dia,
Packer recebeu orientação de Orin para que pronunciasse o nome DaBen. Foi-lhe dito que era o nome de um
guia espiritual e que ele devia convidá-lo a se aproximar.
Comecei a ficar quente e frio à medida que
seguia sua sugestão. Comecei a ver Sanaya em cores e camadas e fui capaz de
enxergar através dela. A entidade parecia se aproximar e se tornar mais real.
As sensações físicas eram muito fortes, a parte inferior do meu diafragma
vibrava descontroladamente e eu sentia falta de ar. Foi tudo bastante dramático
e percebo, quando olho para trás, que se a experiência não tivesse sido
assustadora, eu não teria acreditado que ele era real. (...) Compreendi mais
tarde que a aparição de DaBen não precisava ter sido sensacional.
O meu despertar para
a canalização produziu mudanças imediatas na minha vida. (...) Eu passara
muitos meses indeciso, sendo duas pessoas, imaginando o que fazer. Eu sabia agora,
com uma profunda certeza interior, que precisava seguir o meu caminho no
trabalho com o corpo e no fortalecimento das outras pessoas (..) No dia
seguinte, delineei um plano de saída e comuniquei à companhia que estava me
demitindo.
Foi uma decisão
extremamente importante, uma vez que tive que enfrentar todos os anos de
treinamento científico que desprezaram, ou riram dos fenômenos metafísicos. A canalização
e os guias definitivamente não eram assuntos a serem discutidos com os colegas
cientistas !
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(*) Todas as informações e transcrições deste artigo
foram extraídas da obra Os guias
espirituais ensinam o caminho, de Sanaya Roman & Duane Packer (Ed.
Objetiva, Rio de Janeiro, 1992. Trad. Cláudia Gerpe Duarte).
(**) Comunicação com uma entidade espiritual.
Bom dia Percio
ResponderExcluirA vida nos prega peças, apesar de sermos treinados para o ceticismo...
É verdade. Conheço outras histórias desse tipo, inclusive acontecidas comigo. O negócio é manter a mente aberta para o imponderável e o imprevisto.
ExcluirSe alguém buscar Duane Parker nas redes sociais, vai encontrar várias pessoas com esse nome. Mas, nenhuma é o geólogo dessa história. A culpa é minha: o nome correto dele é Duane Packer.
ResponderExcluirFiz a correção e peço desculpas aos leitores.