Os
tuaregues que habitam o Saara da Argélia dedicam-se desde há muito à confecção
de joias artesanais. É uma tradição muito antiga que passa de uma geração para
outra, através de pequenas empresas familiares, que só admitem homens nesse
trabalho.
Pretendendo dinamizar e modernizar
esse setor, o governo argelino buscou cooperação técnica, visitando vários
países, inclusive o Brasil. Todos ofereceram a tecnologia que a Argélia queria,
mas pedindo em troca a compra de equipamentos do país visitado. A única exceção
foi o Brasil, onde o governo se dispôs a ajudar o setor de joias e gemas da Argélia
sem pedir nenhuma contrapartida. A princípio, os argelinos não quiseram acreditar,
mas depois viram que era verdade. A oferta fazia parte da política do governo
de aproximação com os países africanos.
Desse
modo, desenvolve-se lá, já há alguns anos, um projeto de cooperação técnica que
prevê treinamento por técnicos brasileiros, em design e confecção de joias, além de lapidação e artesanato
mineral.
A
execução está a cargo da Abragem (Associação Brasileira dos Pequenos e Médios
Produtores de Gemas, Jóias e Similares, Mineradores e Garimpeiros) de Brasília,
mas técnicos de outras cidades e órgãos têm cooperado também. Em maio de 2010 estivemos
na Argélia, na cidade de Tamanrasset, em pleno deserto do Saara, falando sobre
as normas técnicas brasileiras para o setor de joias em gemas.
As
fotos abaixo mostram exemplos de joias artesanais produzidas pelos tuaregues
argelinos. Eles costumam empregar prata, cobre, madeira e outros materiais, mas
os técnicos brasileiros já constataram haver numa boa diversidade de gemas no
território daquele país.
O
material preto das duas últimas fotos é ébano. Trata-se de uma madeira rara, preta,
densa, de origem africana, muito usada em mobiliário, objetos decorativos e
instrumentos musicais, como pianos (teclas pretas), violinos e outros
instrumentos de corda.
Clique em qualquer uma da fotos para ver todas ampliadas.
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Preciosa artesanía.
ResponderExcluirMis felicitaciones y gracias por darla a conocer.
SALUDOS.
Gracias a usted también, Victoria ! Saludos !
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